A exposição fotográfica das vítimas de feminicídio de Cuiabá está em exibição, a partir desta segunda-feira (14), no piso 1 do Shopping Pantanal, em ação promovida pela Prefeitura de Cuiabá, via Secretaria Municipal da Mulher e Núcleo de Apoio à Primeira-dama, com apoio da Virada Feminina Nacional.
De acordo com a titular da pasta, Cely Almeida, o cronograma segue até o dia 31 de outubro e, posteriormente, percorrerá outras duas instituições, a Defensoria Pública de Mato Grosso e o Ministério Público de Mato Grosso.
“Nós estimamos que já alcançamos quase 50 mil pessoas, desde a primeira exibição. A ideia é justamente impactar e alcançar à sociedade para esse tema sensível e de muita urgência porque não podemos mais tolerar à violência doméstica e os feminicídios”, frisou.
O intuito da iniciativa está prevista na Política de Conscientização da pasta que tem a função de sensibilização social, divulgação dos canais de denúncia e promoção da rede de apoio e proteção das vítimas de violência doméstica.
A exposição já passou pelo Goiabeiras Shopping, Praça Alencastro e Fórum de Cuiabá e conta com doze painéis, sendo onze que retratam casos de feminicídio dos últimos anos em Cuiabá, além de painel do caso emblemático da ex-modelo Eliza Samudio que ocorreu nos anos 2010.
O espaço de interação de um shopping é o local propício para o maior alcance da ação, de modo que as pessoas que transitam tenham a oportunidade de conhecer e se sensibilizar com a história dessas mulheres.
“Nosso shopping é reconhecido pela sustentabilidade, apoio à causa sociais e esse ano estamos falando sobre esse tema, especificamente, junto ao Ministério Público. Nós não gostaríamos de estar fazendo uma exposição como essa, mas sendo necessário iremos nos posicionar”, disse Cesar Moraes, superintendente do Shopping Pantanal.
A procuradora de Justiça, Elisamara Sigles Vodonós Portela, destacou a importância da promoção, informação e visibilidade à causa, objetivos que constam dentro da Polícia de Conscientização da Secretaria Municipal da Mulher.
“Muitas vezes, a mulher não tem facilidade de se reconhecer como vítima de violência. Por isso, eu acho importante buscar informação. E a mostra veio despertar essa busca por informação. Eu espero que isso toque outras pessoas, que essa mostra ecoe no coração delas, e gere uma reflexão, para que as mulheres saiam dos relacionamentos enquanto há tempo”, comentou.